Servidores indígenas e quilombolas da rede municipal de ensino recebem treinamento de Primeiros Socorros Autor: Ascom Semed

Categoria: Educação

Servidores indígenas e quilombolas da rede municipal de ensino recebem treinamento de Primeiros Socorros

Ronnie Dantas
Publicado em - Atualizado
Capacitação fortalece a rede de proteção à criança e ao adolescente

A Prefeitura de Santarém por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) através da Divisão de Educação Escolar Quilombola (DEEQ) e da Divisão de Educação Escolar Indígena (DEEI) e em parceria com o 4º Grupamento de Bombeiro Militar (4º GBM) de Santarém capacitou professores e gestores indígenas e quilombolas em um curso básico de Primeiros Socorros.

Cerca de 80 servidores participaram do treinamento aplicado ontem, 25, na Escola de Artes Emir Hermes Bemerguy e ministrado pelo Sargento Magalhães, do 4º GBM.

Treinamento será estendido a demais servidores da rede de ensino

O curso básico de Primeiros Socorros atende a lei 13.722, conhecida como Lei Lucas, sancionada dia 04 de outubro de 2018 e que torna obrigatório as escolas públicas e privadas e espaços de recreação infantil serem capacitados em noções básicas de atendimentos de primeiros socorros.

O coordenador da DEEQ, Leandro Oliveira, destacou que o treinamento coloca as escolas quilombolas e indígenas como as primeiras do município a contar com equipes formadas em primeiros socorros, fortalecendo a rede de proteção à criança e ao adolescente.

“Podemos falar de forma prática que quando ocorre um acidente com uma criança ou um profissional dentro da unidade escolar quem deve socorrer é quem está próximo, e em se tratando das nossas especificidades geográficas até o socorro chegar à região do planalto ou rios, por exemplo, é complicado, então esse curso vai nos ajudar muito porque vamos contar com pelo menos três profissionais por Unidade capacitados a prestar esse socorro”, afirmou Leandro.

A coordenadora da DEEI, Jecilaine Ferreira Borari, comentou que capacitar os profissionais da educação é essencial para saber agir diante de algum acidente. “O curso foi muito produtivo e aceito pelo público que participou. Todos demonstraram dedicação e interesse com o propósito de estarem preparados para qualquer situação, mesmo que apesar de pensarmos sempre que não haja necessidade de por em prática tudo o que se aprendeu hoje, mas é importante que haja pessoas preparadas nas escolas para qualquer eventualidade, além de serem equipadas com os itens de segurança que são essenciais para salvar vidas.”

Treinamento atende a Lei Lucas

A Lei Lucas preconiza a situação de obstrução de vias aéreas por corpos estranhos, mas especificamente, o engasgo. A atuação diante deste caso foi parte do atendimento de Primeiros Socorros.

O ministrador do treinamento, Sargento Magalhães, do 4º GBM de Santarém, informou que a lei alerta que todos os ambientes escolares que trabalham com crianças, tanto estaduais, municipais ou privadas, devem ter funcionários com noções de Primeiros Socorros.

Sargento Magalhães ensina técnica de Primeiros Socorros 

“É muito gratificante a gente ver, no âmbito municipal e até mesmo estadual a preocupação dos Primeiros Socorros com nossas crianças, elas são o futuro do nosso amanhã então nós temos que cuidar delas muito bem e pra nós é um prazer muito grande poder estar aqui e compartilhar toda essa gama de conhecimento, de manobras, de desengasgo, de fazer esse treinamento porque toda vida é imensurável e importantíssima”, disse o sargento.

O militar ainda ressaltou o empenho no treinamento e a prevenção constante. “As pessoas pensam que nunca pode acontecer. Cuidado, esteja preparado. É melhor saber e não precisar do que precisar e não saber”.

Como surgiu a Lei Lucas

A Lei Lucas (13722/18) foi sancionada dia 04/10/2018. Ela obriga as escolas, públicas e privadas e espaços de recreação infantil a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros.

A necessidade dessa lei ficou evidenciada depois de um acidente que ocorreu com Lucas Begalli, uma criança de apenas 10 anos de idade, que perdeu a vida em um simples passeio escolar. Motivo: asfixia mecânica que ocorreu em questão de minutos. Ou seja, ele se engasgou com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram no lanche, mas não recebeu os primeiros socorros de forma rápida e adequada. Essa fatalidade poderia ter sido evitada se houvesse preparo sobre primeiros socorros pelas pessoas responsáveis pelo evento.

A mãe da criança, Alessandra Begalli, mobilizou-se para lutar pela causa até então inexistente na legislação brasileira. Assim surgiu a Lei Lucas.

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