Projeto de Intervenção para Alfabetização visa alfabetizar alunos da rede municipal em até 45 aulas Autor: Agência Santarém

Categoria: Educação

Projeto de Intervenção para Alfabetização visa alfabetizar alunos da rede municipal em até 45 aulas

Ronnie Dantas
Publicado em - Atualizado
Inicialmente, os professores estão conhecendo o projeto para então aplicar aos alunos
Estratégia de alfabetização está sendo repassada aos professores 

Com o objetivo de auxiliar o professor a intervir de forma proativa nas dificuldades de alfabetização dos alunos do 1º ao 5º ano da rede de ensino, a Prefeitura de Santarém por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) está em fase de execução do Projeto de Intervenção para Alfabetizar que pretende ensinar a ler em 45 dias.

O projeto é coordenado pela assessoria urbana da Semed por meio do Grupo Gestão Nota 10 (GN10). Iniciou na semana passada com a capacitação dos professores de 1º, 2º e 3º ano da zona urbana. Hoje, 29, e amanhã, 30, na Escola de Artes Emir Bemerguy, o mesmo estudo será aplicado aos professores da região de planalto.

A coordenadora do GN10, Crisolita Paranatinga de França, explicou como funciona o projeto.

“Nós temos na rede de ensino muitos alunos que ainda não estão alfabetizados e a proposta é trazer sugestões de como nós podemos trabalhar estratégias lúdicas com nossos alunos para ajudar no processo de aprendizagem, como por exemplo, com a música, pois o aluno aprende com mais facilidade, através da letra, dos fonemas. A criança vai percebendo a letra e descobrindo o som e a partir daí ela vai interagindo com outros colegas, escrevendo, cantando as músicas e isso vem reforçar aquilo que o professor trabalha em sala de aula”, explicou Crisolita.

Professora Crisolita de França é coordenadora do projeto 

A metodologia ainda conta com jogos pedagógicos voltados para a alfabetização. “O material didático e pedagógico vai enriquecer muito a explicação do professor na hora em que estiver utilizando determinada consoante ou fonema”, finalizou a coordenadora do projeto.

A coordenadora da zona urbana da Semed, Marilza Serique, explicou que o Projeto de Intervenção para Alfabetização surgiu a partir de uma pesquisa realizada com os alunos da rede.

“Foi feita uma pesquisa pela assessoria de ensino na rede municipal sobre o processo de alfabetização e descobriu-se que tem muitas crianças, devido à pandemia, que estão com dificuldade de leitura e escrita. Então, nós elaboramos um projeto para auxiliar o professor no trabalho de alfabetização para as crianças por meio do fluxo de aulas”, informou Marilza.

Ela explicou ainda sobre o fluxo das aulas. “O professor todo dia trabalha uma sílaba com uma consoante e, a medida que o aluno vai aprendendo o/a professor/a vai tornando o texto mais complexo. É um método que as crianças aprendem muito rápido, já se provou na prática que é muito bom, os professores estão saindo da formação muito entusiasmados e comprometidos e a gente acredita que vai dá certo”, completou a coordenadora.

Para o aluno aprender a ler em 45 dias são aplicadas duas horas de aulas todos os dias.

O professor Marcelo Portugal, da Escola Everaldo Martins, disse que a capacitação está trazendo novos rumos para os profissionais.

“Eu estou gostando, essa capacitação tá trazendo novos rumos, novos conhecimentos pra gente atuar dentro de sala de aula, pra sanar as dificuldades que nós estamos passando e creio que essa formação veio só pra acrescentar, vai servir de trampolim pra gente conseguir nossos objetivos”.

Para a professora Isabel Cristina Lima, da escola municipal Fluminense, toda ajuda é bem vinda para esse momento.

Isabel é uma das professoras que está sendo capacitada

“Conforme a pandemia foi acontecendo e os alunos foram ficando em casa eles foram desaprendendo algumas coisas e, quando voltaram, a situação ficou complicada e nós, professores, nesse momento precisamos de toda ajuda pra reverter esse quadro, toda ajuda é bem vinda, as dinâmicas são boas, são antigas, podemos trabalhar o moderno sim,  mas nós também não podemos abrir mão do tradicional, que ainda faz a diferença”, completou Isabel.

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